DISCRIMINAÇÃO SOCIAL

Sociedade decente não faz discriminação

Não lhe importa cor ou raça, nem a miscigenação

Discriminar é crime, preconceito é traição

Sociedade decente não vive contradição

Soltando político rico, preso por corrupção

No covil de rabugentos, serpentes da maldição

Gênero e sexo não importam, pra que dar satisfação

Aos abutres sociáveis que emporcalham a nação

Qual o crime de ser lésbica, gay, travesti ou não

Se todos pagam impostos como todo cidadão

“Num momento dessa vida, não sabia o que sou

Se uma perna de calça, ou uma pétala de flor

Sofria calada o sentimento da dor

De um engano da vida que me transformou

Nasci diferente, em outro corpo estou

Minha alma rebelde sabia quem sou ”

“Nas ruas eu vivo; sozinha estou

Vivo contendas, sentindo a dor

Noites de trevas, gritos de terror

Olhar plangente, com nojo e horror

De quem me toca com prazer e fulgor

Cálice nojento, imundo excretor

Resumo de vida, que exclama o pavor

Dos homens malditos, que pagam o amor

Veneno da morte, delírio da dor ”

Obrigado menina, pelo que exclamou

De uma história escabrosa, o lixo que vomitou

O veneno social, que exclamou com odor

Parabéns pela coragem, os aplausos eu te dou

Esse relato verídico, confesso que não sabia,

Difícil foi eu contar em versos na poesia

O resumo de uma história escabrosa com alegria

Versando o seu clamor, com estilo e ousadia

Dessa sociedade fétida que excreta hipocrisia

No país da impunidade que transborda homofobia

Veriano Dias
Enviado por Veriano Dias em 17/03/2019
Reeditado em 18/03/2019
Código do texto: T6600331
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