DISCRIMINAÇÃO SOCIAL
Sociedade decente não faz discriminação
Não lhe importa cor ou raça, nem a miscigenação
Discriminar é crime, preconceito é traição
Sociedade decente não vive contradição
Soltando político rico, preso por corrupção
No covil de rabugentos, serpentes da maldição
Gênero e sexo não importam, pra que dar satisfação
Aos abutres sociáveis que emporcalham a nação
Qual o crime de ser lésbica, gay, travesti ou não
Se todos pagam impostos como todo cidadão
“Num momento dessa vida, não sabia o que sou
Se uma perna de calça, ou uma pétala de flor
Sofria calada o sentimento da dor
De um engano da vida que me transformou
Nasci diferente, em outro corpo estou
Minha alma rebelde sabia quem sou ”
“Nas ruas eu vivo; sozinha estou
Vivo contendas, sentindo a dor
Noites de trevas, gritos de terror
Olhar plangente, com nojo e horror
De quem me toca com prazer e fulgor
Cálice nojento, imundo excretor
Resumo de vida, que exclama o pavor
Dos homens malditos, que pagam o amor
Veneno da morte, delírio da dor ”
Obrigado menina, pelo que exclamou
De uma história escabrosa, o lixo que vomitou
O veneno social, que exclamou com odor
Parabéns pela coragem, os aplausos eu te dou
Esse relato verídico, confesso que não sabia,
Difícil foi eu contar em versos na poesia
O resumo de uma história escabrosa com alegria
Versando o seu clamor, com estilo e ousadia
Dessa sociedade fétida que excreta hipocrisia
No país da impunidade que transborda homofobia