Um rapaz mulato
E se o preto é um cara pobre
E tem a alcunha de Feijão?
E se o branco é um cara pobre e o chamam de Arroz?
Se o preto é rico não há indistinção
Se o preto fica bonito há aproximação
Se o branco é pobre não há integração
Se o branco fica feio há segregação
A cota do preto, o branco protesta
É o branco querendo se justificar
A cota do branco , o preto detesta
É o preto não podendo lutar
E se o preto salva o branco, a sociedade desce do tamanco
O preto doa o seu sangue que transfunde e é misturado ao sangue do branco a lotar o banco por ordem do branco que de jaleco branco salva o preto e tantos outros brancos.
E bato no peito a dizer que sou um rapaz mulato, não roubo e meu lombo não transporta cargas. Sou miscigenado pelo ato preto e branco e o meu sangue é da mesma cor do preto e do branco.