Povo marcado

Perdoa meu canto desesperado

Que entoa um sem nexo a esmo

Mas é que meus sonhos alados

Turbilhonam tanto a mim mesmo

Que sina de vida descalça

Essa no sertão muito amarga

E eu que nem sei o que enlaça

Entendo que poesia tira a carga

Então sai do meu chão rachado

Pisei nesse lamaçal sem sentido

Vivi e morri todo rasgado

Vim pra Minas fugindo da seca

Me afoguei no minério falido

Que sina, essa vida de jeca!

GiselyPo
Enviado por GiselyPo em 15/03/2019
Código do texto: T6598634
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