Marias

É sério, muito sério,

Planejar desordenado,

Cada um vem a seu modo,

Mostrar um ser antenado,

Não tem medo do ridículo,

E se sente até bonito,

Pagando mico adoidado.

Pra uns até que é plausível,

Mesmo difícil de ser,

Há quem tenha piedade,

Não vendo o que está pra vê,

Deixa do jeito que está,

Não vá querer contrariar,

A estação do bel-prazer.

A mídia enlouquece a massa,

Leva o povo a aplaudir,

Uma coisa muito estranha,

Vira febre aqui e ali,

Tem gente que nem se enxerga,

Parece que a mente cega,

Para tudo e dá piti.

À sombra da ignorância,

Não percebe o desmantelo,

Tem gente que enlouquece,

tem calafrio ou pesadelo,

Nem o Espelho da Madrasta,

Consegue mostrar a farsa,

Daquele que viu primeiro.

Chamar bastante atenção,

É a ideia do complô,

Parece que nessa vida,

O útil perdeu valor,

E tem tanta gente fútil,

Que se tornam até inúteis,

As palavras do Senhor.

Cada um com sua ideia,

Seja no Norte ou no Sul,

Aquilo que usou hoje,

Amanhã já tem mais um,

Tudo lindo, tudo novo,

Somente pra enganar o povo,

Consumir, gastar tutum.

E é assim que a moda anda,

Fisga a mim, fisga você,

Se não vejo com os próprios olhos,

Só vejo o que o outro vê,

Ou você usa a razão,

Ou queima todo tostão,

Na fábrica do "embelezer"!

Ailton Clarindo
Enviado por Ailton Clarindo em 14/03/2019
Reeditado em 24/10/2021
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