Carnaval
Vem a folia, vem a alegria
Vem o olvido da dor
O ouriço dos pés na avenida
É a fuga do proletário
O otário de honorário sem valor
O que produz para a burguesia
Que prospera as custas
E exonera a mais valia
E há um rio de risadas
Nos camorotes das angras
Nos Resorts da mata
E nas coberturas alocadas
Uma ilusão do prazer
Esses gritos de guerra
Os apitos a ordenar as batidas
Que silenciam a voz que berra
E quando acaba a festa, volta o carnaval ...