Barragem de mal jeito
Barragem de mal jeito dia de desrespeito
As cicatrizes mal se curaram e já se abriram
Tempo em tempo
penso na dor no peito
da angústia dos parentes e amigos que se dobram e desdobram
tentando ajudar
no fundo sabendo
que podem se machucar
Para que dinheiro ele não traz pessoas de volta
E sim a revolta
Daqueles que perderam no dia 25 de janeiro.
Fauna e flora a tudo ele devora
Rejeito mineral que causou tanto mal
Tanta gente chora com o novo romper da aurora
Sabendo que talvez ontem foi a última vez que viram aqueles que tanto amaram
A natureza
também chora lembrando dos tempos de outrora onde não havia sujeira nos seus campos,
nas fontes e além dos montes
Brumadinho,
pequeno cantinho
do nosso país
já não é a mesma
e nunca será a mesma
depois do tormento do arrebatado sufocante
da impureza
que sufoca sua gente.
Que Deus e todos
os santos
que assim os proteja neste momento peleja para reconstruir seu pequeno mundo no coração do Brasil