Soneto coletivo

Aqui vamos todos maltratados

coletivamente no sofrimento

resignados e sem lamento

assim como gado amontoados

No que já se enxerga peremptório

porém se descobre angústia velada

se sufocando de estrada em estrada

há de se crer, ser aqui o purgatório

De parada em parada destinos cruzados

daqueles que um dia sonham em vencer

contudo por hora só são massacrados

E pelas janelas se enxerga mais vidas

perdidas na grande e complexa urbe

onde cada um vela suas próprias feridas

Dan Rudá
Enviado por Dan Rudá em 12/01/2019
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