Cuidado!
Belo, Belo foi feliz!
Na pedra de moer fantasias
Beijava as flores da noite
Sem tino! Com muita alegria.
Belo, Belo era gente
Quando a noite o vestia
Mas perdeu a indumentária
Ao longo de alguns dias.
Comia da avariose!
Nas quimeras dos bordeis
Bebia as melodias do lues!
Nos cabarés.
E as belas mariposas!
Loucas e a meia luz
Afogaram a Belo, Belo
Em seu Treponema Pallidum.
A culpa é de Belo, Belo!
Por não querer prevenir-se
Não vestiu a roupa certa
No momento mais propício.
Belo, Belo ficou pardo
Sem tinta nas suas mãos
Esquecido ao véu dos dias
Morrendo em solidão.
Destinado a vaguear
Até fenecer o peito
A pedra é seu cobertor
E a madeira o seu leito.