CAMA, MARVADA CAMA
Não suporto mais meu marido, doutor
Ele bebe, bate, bole e briga comigo
Pede esmola, não trabalha, só bebe
Depois vem até minha casa, seu abrigo
Arromba a porta e me possui como o demo
Não respeita nem as crianças dormindo
Antes era doce, trabalhador e um pai
Depois da cana, seu caráter foi decaindo
Agora é um bicho, louco sem lei
Me bate, xinga, cospe, me humilha
Ninguém quer testemunhar contra ele
Tem medo dele, de atravessar sua trilha
Se o doutor não colocá-lo em cana
Pela cana ele vai me deixar só o bagaço!