CAMA, MARVADA CAMA

Não suporto mais meu marido, doutor

Ele bebe, bate, bole e briga comigo

Pede esmola, não trabalha, só bebe

Depois vem até minha casa, seu abrigo

Arromba a porta e me possui como o demo

Não respeita nem as crianças dormindo

Antes era doce, trabalhador e um pai

Depois da cana, seu caráter foi decaindo

Agora é um bicho, louco sem lei

Me bate, xinga, cospe, me humilha

Ninguém quer testemunhar contra ele

Tem medo dele, de atravessar sua trilha

Se o doutor não colocá-lo em cana

Pela cana ele vai me deixar só o bagaço!

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 17/12/2018
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