Guerra Pessoal
Uma tarde quente de verão
alguém sorria
alguém morria
alguém passava por rios de sangue
e movia armas aos inimigos.
Uma tarde esquecida de verão
sem gelo nos pés sujos e feridos
sem norte.
Um pedaço de coração sôfrego
amarrando arames em corpos
tísicos de inocentes;
as palavras pesadas e nubladas
entre fraquezas e ódios...
entre abalos e lágrimas
presente no medo humano
de nossas guerras pessoais
históricas e frias.
Num idílico passado negro
obscuro e inesquecível.