Guerra Pessoal

Uma tarde quente de verão

alguém sorria

alguém morria

alguém passava por rios de sangue

e movia armas aos inimigos.

Uma tarde esquecida de verão

sem gelo nos pés sujos e feridos

sem norte.

Um pedaço de coração sôfrego

amarrando arames em corpos

tísicos de inocentes;

as palavras pesadas e nubladas

entre fraquezas e ódios...

entre abalos e lágrimas

presente no medo humano

de nossas guerras pessoais

históricas e frias.

Num idílico passado negro

obscuro e inesquecível.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 15/11/2018
Código do texto: T6503432
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