AÇOITE CÍVICO
No Aeroporto Zumbi dos Palmares – Maceió
Chega-se tarde ao aeroporto de Maceió.
A noite pertence aos zumbis...
Depois da escada, do elevador,
O herói no térreo retratado,
Vítreo, imoto, emoldurado;
Rei do clã.
Pela escada rolante sobe-se
Ao deck de observação.
Assiste-se ao empregado,
Servente no turno,
Com sua lança em esfregão liberto,
Auto-retratando-se:
Rei do clã
Clamando aos reis.
– Assim salda-se a escravidão?
Açoite cívico.
Açoite cívico.
Açoite cívico.
Açoite cívico.
Publicado em Cadernos Negros 29
Quilombhoje, 2006 , São Paulo, pág 172.
No Aeroporto Zumbi dos Palmares – Maceió
Chega-se tarde ao aeroporto de Maceió.
A noite pertence aos zumbis...
Depois da escada, do elevador,
O herói no térreo retratado,
Vítreo, imoto, emoldurado;
Rei do clã.
Pela escada rolante sobe-se
Ao deck de observação.
Assiste-se ao empregado,
Servente no turno,
Com sua lança em esfregão liberto,
Auto-retratando-se:
Rei do clã
Clamando aos reis.
– Assim salda-se a escravidão?
Açoite cívico.
Açoite cívico.
Açoite cívico.
Açoite cívico.
Publicado em Cadernos Negros 29
Quilombhoje, 2006 , São Paulo, pág 172.