EXÍLIO DA CANÇÃO
Minha terra tem Palmares
Onde canta o carcará;
Ao atabaques que aqui golpeiam,
Golpeiam como acolá
Nossa pele tem mais brilho,
Nossa verve tem mais suores,
Nossas armas tem mais filhos,
Nossas vidas mais labores.
Em fugir, da noite a sombra,
Mais prazer encontro em lutar;
Minha terra tem Palmares
Onde canta o carcará.
Minha terra tem horrores
Arrestados desde o mar;
Em fugir, da noite a sombra,
Mais prazer encontro em lutar;
Minha terra tem Palmares
Onde canta o carcará.
Permita Ogun que eu não tombe
Sem minha flecha lançar
Sem proteger os amores
Do quilombo que é meu lar.
Nem qu’inda aviste as palmeiras
Dos jardins dos orixás.
Nem qu’inda recite este verso
Nas Quartinhas de Aruá.
Publicado em Cadernos Negros 31,Quilombhoje, São Paulo,2008
Minha terra tem Palmares
Onde canta o carcará;
Ao atabaques que aqui golpeiam,
Golpeiam como acolá
Nossa pele tem mais brilho,
Nossa verve tem mais suores,
Nossas armas tem mais filhos,
Nossas vidas mais labores.
Em fugir, da noite a sombra,
Mais prazer encontro em lutar;
Minha terra tem Palmares
Onde canta o carcará.
Minha terra tem horrores
Arrestados desde o mar;
Em fugir, da noite a sombra,
Mais prazer encontro em lutar;
Minha terra tem Palmares
Onde canta o carcará.
Permita Ogun que eu não tombe
Sem minha flecha lançar
Sem proteger os amores
Do quilombo que é meu lar.
Nem qu’inda aviste as palmeiras
Dos jardins dos orixás.
Nem qu’inda recite este verso
Nas Quartinhas de Aruá.
Publicado em Cadernos Negros 31,Quilombhoje, São Paulo,2008