... e mais nada
Marcham homens, mulheres e crianças
Passam por estradas, pontes, e até rios
Não riem, quase não falam; a esperança
Levam no coração; a vida vai por um fio
Salgando as faces com lágrimas de dor
O passado já ficou para trás, na origem
No país dos pais, dos avós; o dissabor
Por tantas crises, vão à luta; a vertigem
É fome, sede, é medo de ficar para trás
Nas mãos o mínimo, ou nenhum pão
Marcham seres sem pátria, sem a paz
A multidão tem apenas o céu e o chão...