(“Sobre Lobos e Coiotes/ O Espectro da Suastica Nazista”, by Carlos Ventura)
“...A facada no “mito” foi a senha o agito, o mote para o bote, um novo estilo de golpe.
Foi a palavra de ordem, de ódio que já soava forte em seus discursos ferozes.
Foi o cravo na ferradura da mula, o mote, o sinal verde para o saco na cabeça, o garrote.
Foi a porteira aberta para que a tropa iniciasse seu trote, seus coices, rebusnando asneiras.
Foi isso !
Um grito um choro, o estampido!
Mas nenhuma violência cometida em nome desta senha dada, desta sanha sangrenta, vem ao caso.
Nem o silêncio criminoso da justiça, nem a desordem institucional!
Nada!
Nada está dentro do normal!
As eleições, uma farsa montada para inglês ver, tapar o nariz, fingir que não viu!
Só no Brasil!
Só no Brasil!
Um ”herói” togado comete crimes de toda espécie e nada acontece, o judiciário legisla e o legislativo se omite.
Será que só mesmo usando dinamite??
E a placa quebrada, rasgada, vandalismo ou nazifascismo patriótico?
Nada disto! Foi apenas um ato simbólico (“Liberdade de Expressão”), a palavra não dita, depois dos tiros matarem a Marielle.
O ato da placa foi apenas para simbolizar o que estar por vir.
Olha a faca!
Olhe a farsa!!!
Olha o corpo no chão!!!!
12 (Doze) !
Foram 12 e não uma!!!!
Foi o ódio, foi a palavra mal, dita !
Foi o silêncio quem matou Mestre Moa.
Foi o silêncio dos “bons”, desta gente de “bem”!
Foi o seu e o meu também, que escutou calado o vizinho espancar a companheira (mentalizando o velho jargão: ...briga de marido e mulher...)
Sim!!!
Foi o silêncio e a palavra de ordem que matou Jesus!
Que o pregou na cruz!
Eram 12 os seus seguidores mais amados, seu apostolado, onde um traiu, outro negou e um terceiro não acreditou na sua palavra.
Foi o silêncio e a palavra que escravizou e desumanizou meus antepassados e continua a desumanizar pessoas, pela sua cor, opção sexual e a matar jovens negros no campo e nas cidades.
Foi o silêncio e a palavra de ordem quem esfaqueou a Travesti no centro de São Paulo!
(*“...Quando você for convidado pra subir no adro da Fundação Casa de Jorge Amado...”)
(*”...E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação, que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino de primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital...”)
Lembre-se!
(*O Haiti é aqui...)
E se num dado momento fui repetitivo demais, não pedirei desculpas!
O fiz propositadamente como fazem os fascistas opressores e seus seguidores, repetem suas “verdades” obtusas até que elas se tornem absolutas “verdades” na cabeça dos incautos e na boca dos imbecís de má fé...”
(“Sobre Lobos e Coiotes/ O Espectro da Suastica Nazista”, by Carlos Ventura)
*(Trechos da Música Haiti de Caetano Veloso e Gilberto Gil)