ANGOLA
Sorriu quem nunca chorou, com medo de ser humilhado
No país quente que o problema apanha resfriado
Vão olhar desconfiado por não poder sussurrar
Noite e dia, minutos por horas sempre será tarde
Fácil pensar difícil falar
Medo dos ante-queridos que foram pela língua ressecada
Orgulho pelos filhos que sempre voltam em casa
Enquanto houver esperança, estaremos em pé
E se morrermos seremos lembrados nas poesias em fé
Nos retratos dessa memória e nas palavras do velho sábio
Que com a bengala se apoia mostrando que ainda resiste
E se algum dia nos calarem, nossos poemas nos reviverão
E a literatura levantará ao som dos nossos mares
Rumo ao desenvolvimento, não existe hora de subir
Levanta-te, tu que me ouve e ponha-te a sorrir
Nosso ontem já se foi, nosso futuro nós constrói
Nosso presente serve para refletir sobre eles os dois