Humanitas

Nada visto,

nada quisto,

o que não se quer se manda embora,

sem piedade,

sem humanidade,

não nos importamos com quem chora

Nenhum vento,

nenhum alento,

o próximo para nós não é nada,

sem comida,

sem guarida,

cada um que vá por sua estrada

Nenhum afeto,

o mais abjeto,

a maldade também sabe se maquiar,

tiremos tudo,

fiquemos mudos,

ninguém irá assim nos condenar

Nenhum sorriso,

nenhum aviso,

a fera dá seu bote na infeliz presa,

somos os tais,

somos os maiorais,

até deitarmos em cima da mesa...

Carlinhos De Almeida
Enviado por Carlinhos De Almeida em 08/10/2018
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