Homo Sapiens Boçal

Intermitente mas consciente em ter algo a dizer

Tentando mostrar profundas e confusas visões de um tecer

Minha memória é curta feito lampejo de vaga-lume

Ascende no exausto ardor da andança até o cume.

Nossa obtusa auto importância impediu-nos de ver

Moldamos à nossa maneira essa tendência viral de poder

Somos recém-chegados nessa longa viagem vital

Mudando e destruindo tudo que não pareça normal.

Aos nossos olhos criamos deuses para crer

Que tudo foi criado para nosso controle total

Erguendo templos e estátuas para agradecer

A destruição da vida, a diversidade ambiental

A crise criada é semente da decadência social

Fruto da ação homo sapiens boçal.

Eduardo Jesus
Enviado por Eduardo Jesus em 18/09/2018
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