Desempate

Ao que eu não entendia

Aprendi a chamar de treva

Desordem que só controlaria

À distância e debaixo de regra

Por querer proteger meu ponto

Em vão desapontei outros tantos

Nobre defensor sempre pronto

Vi desbotar mais de mil encantos

Frequentei salas e salões

Sempre cercado com meus iguais

No figurino das interações

Das realidades tão superficiais

Mas eu não conheci a fonte

Na profundidade que envolve o fato

Até que fiz dos meus braços ponte

Calei e gerei pontos de contato

Em cada ser um misto de sabores

Da ênfase nas dores não fiz questão

Forças diversas e vibrantes cores

Verdade espontânea, genuína canção

Aos carentes quis distribuir liberdade

Mais coração e mãos eu estenderia

Troquei ouvidos e afagos pelo empate

E a energia do combate...

por amor e empatia