Memória

Em um mundo desolado. No qual a alienação se

prolonga, em seres denominados racionais.

Seres que sucumbem em lacunas, que precisam

de likes, curtidas, match para poderem se sentir

lembrados e amados.

Memória transgressora, vil. Que quer ser

eternizada e imortalizada, no qual não se têm

tempo de pensar, pois é necessária a correria

rumo ao progresso para ser feliz.

O que é uma foto antiga? Uma mesa? Um busto?

Um quadro? memória intransigente- Não tenho

tempo nem para respirar quem dirá para resgatar.

Tenho tempo para disseminar a indiferença, a

maledicência. minha vida é um status, e não para

relembrar o passado.

Carpe Diem, dizem todos! Vamos viver o presente

como se fosse único, e o passado? Onde está? Em

vielas, em asilos jogados em um canto, pois não

são necessários.

E o Ser humano sucumbe. Na tristeza, pois ele não

entende seu passado não entende sua origem. Seu

vazio cresce, cada vez mais e o ser some, se

distância em um buraco existente de sua

existencialidade.

Érica Fernanda
Enviado por Érica Fernanda em 07/09/2018
Reeditado em 19/05/2021
Código do texto: T6442000
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