Moça-Azul
Nessa fase de agonia, absência e solidão
onde grita o vento forte,
é tempestade de ilusão;
é maré de água-lava, é fogo de burrice
onde gora o Cristo fraco
na cruz-nuvem de crendice.
Prefiro é o mundo novo, todo livre de velhice
o prefiro como é e grito a Deus essa imundície.
Eu prefiro o jovem-rosa, azul-céu ou como é.
Eu prefiro a cor do espaço, e o preto do candomblé.
E de espaço, Moça-azul, prefiro o seu,
proibido e ruindo;
o Pai-velho prefiro eu
ao banheiro feminino.
Mas nessa fase de agonia, absência e solidão,
onde grita o vento forte,
é tempestade de ilusão;
é guerra de água-lava, mineral de opressão.
Onde gora o Cristo fraco
eu sou livre: aberração!