Moça-Azul

Nessa fase de agonia, absência e solidão

onde grita o vento forte,

é tempestade de ilusão;

é maré de água-lava, é fogo de burrice

onde gora o Cristo fraco

na cruz-nuvem de crendice.

Prefiro é o mundo novo, todo livre de velhice

o prefiro como é e grito a Deus essa imundície.

Eu prefiro o jovem-rosa, azul-céu ou como é.

Eu prefiro a cor do espaço, e o preto do candomblé.

E de espaço, Moça-azul, prefiro o seu,

proibido e ruindo;

o Pai-velho prefiro eu

ao banheiro feminino.

Mas nessa fase de agonia, absência e solidão,

onde grita o vento forte,

é tempestade de ilusão;

é guerra de água-lava, mineral de opressão.

Onde gora o Cristo fraco

eu sou livre: aberração!

Lucas Häkkan
Enviado por Lucas Häkkan em 25/08/2018
Reeditado em 09/04/2019
Código do texto: T6429717
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