Decoro
O baralho jogado à mesa;
Um descarte de uma carta;
A escolha era certa: presa
O parceiro não joga; falta
O naipe de ouros na jogada...
A sorte, então, fora roubada!
O rei de copas e sua dama
Completam a trama do jogo...
Acostumam-se com a lama...
No Castelo, a fama e o logro
Calam a injusta Justiça (sic)
Construída de pau-a-pique!
Enquanto o Moro translada
A verdadeira metamorfose
Para o limbo; a ralé, calada,
Sem coragem, morre de artrose...
Enquanto isso, nas masmorras,
Chora o Rei por ver pachorras!
As cúpulas, sempre viradas,
Escondem a laia de Carandiru
E o soberano, propinas guardadas:
Rasga, do lábaro, o divino Azul;
Vende o “ouro” profundo pro Norte;
E o “oceano” Verde vai à morte!
As malas, que serviam na viagem,
Ora são cofres que lavam à jato...
Ao Moro, a Lei e a chantagem!
Guerra e paz são ditos, e, de fato,
Podem morrer juntas, não há decoro...
Juízes também roubam: diz Moro!
O baralho jogado à mesa;
Um descarte de uma carta;
A escolha era certa: presa
O parceiro não joga; falta
O naipe de ouros na jogada...
A sorte, então, fora roubada!
O rei de copas e sua dama
Completam a trama do jogo...
Acostumam-se com a lama...
No Castelo, a fama e o logro
Calam a injusta Justiça (sic)
Construída de pau-a-pique!
Enquanto o Moro translada
A verdadeira metamorfose
Para o limbo; a ralé, calada,
Sem coragem, morre de artrose...
Enquanto isso, nas masmorras,
Chora o Rei por ver pachorras!
As cúpulas, sempre viradas,
Escondem a laia de Carandiru
E o soberano, propinas guardadas:
Rasga, do lábaro, o divino Azul;
Vende o “ouro” profundo pro Norte;
E o “oceano” Verde vai à morte!
As malas, que serviam na viagem,
Ora são cofres que lavam à jato...
Ao Moro, a Lei e a chantagem!
Guerra e paz são ditos, e, de fato,
Podem morrer juntas, não há decoro...
Juízes também roubam: diz Moro!