SEU EDGAR
Pobre homem terra arrasada !
Olhar a rua, beber, à toa ...
O tempo se arrasta e o arrasta feito entulho.
Homem ferido no orgulho.
Terra infértil, solo seco e erodido.
Olhar a rua, falar banal.
À toa e o tempo voa, o tempo urge.
Nada novo aparece, apodrece assim que surge.
Entulho tripudiado traste.
Desistiu de tudo, resta a espera.
Horas não passam, dia após dia
Olhar a rua, assim fosco, sem alegria.