Rimas Inclépitas

O tormento do elemento

Sem paz e sem alento

A maresia da nostalgia

Mal alcançamos o dia

O sinal do social

É uma tristeza geral

Cada um com seu nenhum

A câmera não deu zoom

É agora que damos o fora

O seu ódio me adora

De bobeira dormi na esteira

Eu gosto desta besteira

Caça ao pato “seu” Renato

Nem ouvi o seu relato

Nem espero e nem mais quero

Minha nota foi um zero

O programa não tem trama

Quase que caí da cama

Agora chegou a estrela do show

Eu nunca te direi mais no

O esperto foi parar no deserto

A China é ali perto

Tem mais vento num momento

Nem sei se deito ou se sento

Ele tem o requinte dos vinte

Não fale mais nesse acinte

Dá um trabalho do caralho

Ele já vem metendo o malho

Myllena já entrou em cena

Nossa existência é pequena

Sempre quando estou pensando

É que me pego assim chorando

Claro que quero mais que zero

Mas a tristeza é que espero

Eu mal sei o que falei

Espero um dia ser o rei...

(Extraído do livro "Palavras Modernas" de autoria de Carlinhos de Almeida)

Carlinhos De Almeida
Enviado por Carlinhos De Almeida em 26/07/2018
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