Rimas Inclépitas
O tormento do elemento
Sem paz e sem alento
A maresia da nostalgia
Mal alcançamos o dia
O sinal do social
É uma tristeza geral
Cada um com seu nenhum
A câmera não deu zoom
É agora que damos o fora
O seu ódio me adora
De bobeira dormi na esteira
Eu gosto desta besteira
Caça ao pato “seu” Renato
Nem ouvi o seu relato
Nem espero e nem mais quero
Minha nota foi um zero
O programa não tem trama
Quase que caí da cama
Agora chegou a estrela do show
Eu nunca te direi mais no
O esperto foi parar no deserto
A China é ali perto
Tem mais vento num momento
Nem sei se deito ou se sento
Ele tem o requinte dos vinte
Não fale mais nesse acinte
Dá um trabalho do caralho
Ele já vem metendo o malho
Myllena já entrou em cena
Nossa existência é pequena
Sempre quando estou pensando
É que me pego assim chorando
Claro que quero mais que zero
Mas a tristeza é que espero
Eu mal sei o que falei
Espero um dia ser o rei...
(Extraído do livro "Palavras Modernas" de autoria de Carlinhos de Almeida)