Na Tela

Na tela

Na vela

Na bela

Em todos os cantos possíveis

Onde a possibilidade escapa

Com seus improváveis dedos

Na sela

Na rela

Naquela

Os pratos estão servidos

Mesmo quando estão vazios

Já estão cheios pobres olhos

No gato

No rato

No fato

Quanto mais enigmático melhor

Quanto mais apático é maior

As estrelas vieram passear

No giro

No tiro

No miro

Desnudo teus seios aos prantos

Faço revoluções sem motivo algum

Espero versos prontos em cadernos

No meio

No veio

No feio

Preciso de socorro não-imediato

Entrar na fila pode ser até legal

Ratazanas e cobras caíram na porrada

No léu

No céu

No véu

Meu instinto já falha vez em quando

Etruscos e romanos não mais se distinguem

Mandei tocarem tango em meio à folia

Na tela

Na vela

Na bela

Carlinhos De Almeida
Enviado por Carlinhos De Almeida em 25/07/2018
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