LIBERDADE ONDE ESTÁ VOCÊ
Cabelos brancos um tanto cansado.
Saio de casa pensando em dialogar com velhos amigos.
Penso sentar em um dos bancos da praça onde moro.
Mas que susto:que banco que nada!
A praça ainda existe mais os bancos carregaram.
Meio desolado atônito olho para os lados:
Na minha idade avivo a mente com algumas leituras.
Sempre li jornais na sombra daquela árvore viçosa
Que antes era linda mas hoje já velha e mal cuidada.
O que fazer? Redobrar a atenção ou desisitir?
Sinti-me receioso diante do que tinha visto:
Naquele presente momento tento encontrar velhos amigos
Para jogarmos baralho, dominó ou contarmos piadas
Que em nossa mocidade sorridentes sempre contavamos.
Mas hoje o mal se giganta e no banco da praça não assento mais.
Disse e refletir comigo mesmo!...
Indeciso volto para casa que praça que nada:
Minha diversão nem iniciou meu celular alguém levou.
Preferi a vida dentro de casa de grades e portas trancadas
Embora solitário um tanto atencioso porém amedrontado
Mas bem melhor do que ser mais uma vitima inesperada
Por essa violência urbana desenfreada em cada esquina da vida.
--Liberdade onde está você?..
JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ
Salvador-Bahia, 22/07/2018.