Olha Lá o Marrom

Olha lá o Marrom, tocando pandeiro no bar

como se o dia nunca mais fosse acabar

Cada batida do seu coração vem com o surdo,

a cuíca e o tan tan

Olha lá o Marrom, cumprimentando geral

como se toda rua e viela fosse seu quintal

dele não há par, ninguém bate na bola igual

é um sujeito singular

Olha lá o Marrom, pedindo vaga pra jogar

como se ninguém ali fosse do seu patamar,

também bate com a mão, fechada, aberta ou prato esperto,

puxado na pimenta

Olha lá o Marrom a se lamuriar

num rio de desespero que não encontra o mar

Mas que nada, é terça mas é sábado, e ávido volta

a batucar, a sonhar, se gabar

Olha lá o Marrom chegando pra almoçar.

* ao meu tio e amigo Sérgio (Marrom)

Ricco Salles
Enviado por Ricco Salles em 07/07/2018
Código do texto: T6383760
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.