Diário de um cidadão
Todo dia de manhã
Acordo com a minha mente sã
É mais um dia sofrido
Mais tempo de trabalho vivido
Tomo banho,visto a farda,mato a fome
E com o pouco que tenho sigo a vida
Sou dependente de poucos homens
Que com muito vivem da preguiça
Moro em lugar cheio de barreiras
Mas gosto de chamar de lar
Alimento os porcos banhados em sujeira
Que apodrecem todo o lugar
Pago pelo o que preciso
Mas não recebo nada
Nem sei como vivo
Salário é uma miséria desgraçada
Tenho uma mulher também explorada
Humilhando-se pela casa
Como todo bom cidadão,todo trabalhador
Que sustenta o país com a sua dor
Pergunto ao meu reflexo todo dia
Se ainda tem jeito nessa vida
O desespero bate no banheiro
E diz que não há mais saída
Rezo todos os dias
Para ele iluminar a minha vida.