Exausta cidade
À noite a chuva molha
A cidade que cochila;
Uns dormem, outros farram
Em plena segunda-feira.
Automóveis quebram o silêncio
Na cidade adormecida;
Uns trabalham, outros meditam
Sob a Lua feiticeira.
Comemorações varam a madrugada
Na cidade sonolenta;
Uns nascem, outros partem sem conhecer
A justiça verdadeira.
As estrelas se ausentaram do céu
Da cidade dorminhoca;
Uns rezam, consertam; outros continuam
Na mesma asneira.
A chuva ainda molha a madrugada
Da cidade que dorme;
Uns cochilam, trabalham; outros farram
E já é terça-feira.