Poema social, retratando a violência no Rio de Janeiro.
É NÓS!
Paulo Cesar Coelho
É nós na fita
É nós na vida
É nós no funk
Azarando as meninas
Só as cachorras
As preparadas
É nós nas “parada”
É nós com nada
É nós com tudo
Cada dia que passa
É nós com menos estudo
É nós sem Natal
E no carnaval
Fantasias na avenida
Escondem as feridas
Do corpo magrelo
Da alma esfolada
De tanta porrada
É nós no cinema
Vivendo o dilema
De uma gente esquecida
É nós que “aplaude”
A arte que passa imitando
A desgraça da vida
Um menino franzino
Que pula da cama
Desce o morro
Pés descalços na lama
É nós que “cheira” cola
Cospe no asfalto
Pisa na bola
Anuncia o assalto
É nós dentro do carro
Vidros fechados
Filho assustado
É nós que “escuta”
Um tiro pro alto
Dois gritos na rua
É a polícia... É a polícia
É nós com o filho nos braços
Olhos arregalados, uma bala
Tutti Frutti na boca e outra
Perdida bem no meio da barriga
É nós que “chora”
Que sofre, implora...
E agora meu Deus!
Meu Deus! E agora?
SEM EDUCAÇÃO NÃO HÁ SOLUÇÃO!
É NÓS!
Paulo Cesar Coelho
É nós na fita
É nós na vida
É nós no funk
Azarando as meninas
Só as cachorras
As preparadas
É nós nas “parada”
É nós com nada
É nós com tudo
Cada dia que passa
É nós com menos estudo
É nós sem Natal
E no carnaval
Fantasias na avenida
Escondem as feridas
Do corpo magrelo
Da alma esfolada
De tanta porrada
É nós no cinema
Vivendo o dilema
De uma gente esquecida
É nós que “aplaude”
A arte que passa imitando
A desgraça da vida
Um menino franzino
Que pula da cama
Desce o morro
Pés descalços na lama
É nós que “cheira” cola
Cospe no asfalto
Pisa na bola
Anuncia o assalto
É nós dentro do carro
Vidros fechados
Filho assustado
É nós que “escuta”
Um tiro pro alto
Dois gritos na rua
É a polícia... É a polícia
É nós com o filho nos braços
Olhos arregalados, uma bala
Tutti Frutti na boca e outra
Perdida bem no meio da barriga
É nós que “chora”
Que sofre, implora...
E agora meu Deus!
Meu Deus! E agora?
SEM EDUCAÇÃO NÃO HÁ SOLUÇÃO!