BALA PERDIDA


BALA PERDIDA!
Por Paulo César Coelho

Ao correr meus olhos
Por aquele quarto gelado
Lembrei-me de um tempo
Em que éramos felizes!

Restam-me hoje, apenas muitas saudades
E uma vontade infinita de sentir de novo
O calor do seu corpo no meu abraço.
Bendito sois vós em minha vida!

Vejo-te ainda rebento
Eu, chorando de tanta alegria
Na magia do seu nascimento.

Bem diferente de um tempo recente - Bala perdida!
Onde a cena manchada de sangue
Que por assim agora, invade meu pensamento…

Vejo-te tão jovem, menino ainda, dilacerado o ventre
Indo embora assustado no choro de meu lamento
Em tê-lo perdido para todo o sempre...


A violência em nosso país saiu do controle das autoridades públicas, convive lado a lado com os três poderes da República. Aos brasileiros só cabem se lamentarem, ou lutar exigindo o nosso direito à cidadania. Lutar! Não com armas, porque os tempos não permitem, mas lutar com a arma da inteligência, com o gatilho do voto, retirando dos cargos públicos, os algozes de nossa democracia.

Dedico este texto a todos os Pais que perderam seus filhos e que hoje, vivem aprisionados na inconsequência de uma bala perdida.
 
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 02/06/2018
Reeditado em 02/06/2018
Código do texto: T6353356
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