Cidade Politizada
Sem ter necessidade brigavam de verdade em nome da igualdade na terra sem misericórdia.
Um queria assim, o outro nem sabia o queria, mas discordava só para causar discórdia.
Cheios das teorias, tornavam as ruas vazias em certas manifestações politizadas. Os baderneiros a eles se juntavam, agasalhando-se no tumulto, em nome da revolta armada.
Protestavam para curar as próprias feridas que uns aos outros a si mesmos causavam.
Era um antídoto legitimamente previsto porque os impostos pagavam.
Está faltando aqui, lembra o posto municipal, sofrendo com a falta de remédio, mas a secretaria das "finança" disse que sem reajuste, não tem negócio.
Rumou pro outro Ente a responsabilidade de tirar o povo do tédio. Foi-se então que fez surgir a obra do ócio.
Anos e anos, arrecadando-se em nome de tal obra. Mas e o posto que ora reclamava? O lanche que a escola cobra?
Espere um pouco digna gente, credores da nossa atenção, é que o dinheiro só dá para a obra, o parque de diversão.
Dias e mais dias, disputavam os governos pela arrecadação. De quem seria a maternidade, registrada em letra garrafal, na publicação?
Aqui foram-se investidos milhões, queridos munícipes, mas com a ajuda do governo federal. As eleições anunciam a saída, são o prenúncio do próximo funeral.
Todos mortos, parece que a memória falha a quem pela barriga é feito de vítima, é fome que os consome e os fazem crer na Eleitoral Justiça.
Pobres homens, o Estado é composto de gente como a gente, só que munido de poderes instrumentais.
Olhem esse trilho que vos liga ao futuro para tapar o desgosto dos dias normais.
É a vida de gado, beberrões e saltitantes, distraídos com rações, futebol e carnavais. Rumo ao abate, não se faz livre pela lei até aquele que não suporta mais.
20:30h 30.05.2018.