A VIDA NA FÁBRICA
[Em pleno século XXI...]
Dia Santo. Feriado.
Mas o operariado
teria que trabalhar dia inteiro.
(Lei espertinha
do capitalismo matreiro.)
Alguém se revoltou,
os outros o seguiram,
e a revolta se generalizou.
O patrão - com pena ou medo? -
deixou que trabalhassem
só (?) meio expediente.
(Vejam bem que bonzinho...
Chega a ser comovente!)
E o operariado, sem nenhuma alegria,
mas cheio de garra,
soltou seu grito de guerra:
“Vamo güentá essa barra!”
... E trabalhou meio dia...
É só uma historinha realista
deste triste, irônico e imundo
mundinho capitalista...