Uma Luz
Atento, em meus passos lentos
Observo a minha intolerância
E tento despistar a minha mente
Preste a me derruir
A deixar o meu intelecto
Não posso entregar a outra face,
Uma ordem divina,
Que não consigo consentir
Estou preso ao preconceito
Aceso a um violento ideal
De lançar pedras na culpa
Dos que vêm a me ferir
Uma luz invade a minha cela
A consertar uma pobre alma
E sem nenhuma ressalva
A me obrigar a desistir
A comandar de vez os meus passos
A me apresentar os laços do amor
A me fazer perdoar a dor
E dos pecados me redimir