MINHA PÁTRIA
MINHA PÁTRIA
Fernando Alberto Salinas Couto
Piso o solo de minha pátria querida
e ouço tiros, ouço balas perdidas,
mas nas praias com suas palmeiras,
ainda ouço o som de cachoeiras,
o canto de um místico uirapuru,
encantando as imensas florestas
que conservam as nossas riquezas,
ofuscadas pela terra abandonada.
Ouço o lamento do povo sofrido
que vê essa natureza destruída,
pela ganância de seus invasores,
exploradores, ladrões do progresso
conquistado por bons trabalhadores.
Parece que só o mal tem sucesso.
Ó terra da caatinga tão explorada
por políticos que se enriquecem,
enganando com falsas promessas,
criando esperanças malfadadas,
para seres humanos que padecem,
acreditando em imagens falsas.
Ah, o canto de todos os pássaros,
o fascínio das mais belas borboletas,
mas também ouço mais um disparo
e me deparo com outra decepção,
nessa terra de iluminados poetas,
onde vejo florescer muita corrupção.
RJ – 12/04/18