O PODER AINDA ESTÁ NA MÃO DO POVO





Olhou pela janela do Brasil, viu, ouviu e leu na imagem
As batidas estrondosas dos fortes sons dos tambores,
Que anunciavam um tempo de conflito, em passagem!

Homens, mulheres e soldados armados gritavam: 
Abaixo os Sindicatos! Abaixo os partidos esquerdistas!
As pessoas que diziam palavras de ódio contra esses
Gritavam contra si próprios pois também eram do povo!
Não viam eles que em seus gritos, havia desorientação
Haviam induções fora do contexto, falácias, alienação,
Pela ausência criminosa e proscrita de uma boa Educação. 
Ressoava ainda, o som de um grito novo?
Sim! Pois o poder ainda está na mão do povo!

Homens, mulheres e soldados armados gritavam: 
- Volta logo a Ditadura, queremos o Exército eleger!
Enquanto este silencioso, acalentava a sede do poder
Gracejam palavras demagógicas de Ordem e Progresso:
Ordem para pobres, progresso para ricos: era a instrução!
Havia total falta de sensibilidade, de puro entendimento,
Pela ausência criminosa e proscrita de uma boa Educação. 
Ressoava ainda, o som de um grito novo?
Sim! Pois o poder ainda está na mão do povo!

Homens, mulheres e soldados armados gritavam:
Queremos a todo custo, a força do Poder para crescer
Mesmo a custo do aumento da desigualdade social,
Do analfabetismo, da violência, da mortalidade infantil, 
Nada de Fome Zero em nossa história, nem emancipação
Havia abdicação aos Direitos Humanos, à Reforma Agrária,
Pela ausência criminosa e proscrita de uma boa Educação. 
Ressoava ainda, o som de um grito novo?
Sim! Pois o poder ainda está na mão do povo!

Homens, mulheres e soldados armados gritavam:
Queremos pôr abaixo a Arte, a Música, a Comunicação
Pagaremos o preço do Nacionalismo, da Militarização 
Extinguimos a Filosofia e a Sociologia do Ensino Médio,
Currículos cientificistas nas Universidades, racionalização,
Havia as Ciências Humanas sendo posta abaixo e extinta
Pela ausência criminosa e proscrita de uma boa Educação. 
Ressoava ainda, o som de um grito novo?
Sim! Pois o poder ainda está na mão do povo!

Homens, mulheres e soldados armados gritavam:
Abaixo esse ignorante, esse nordestino, põe na cadeia!
Ele é inculto, é perigoso, é incompetente, é um ladrão
Ele tirou o direito do burguês de ficar cada vez mais rico, 
Em favor do povo pobre, conquistar uma melhor condição
Havia nulidade de Juízos de Valor, do Estado de Direito
Pela ausência criminosa e proscrita de uma boa Educação. 
Ressoava ainda, o som de um grito novo?
Sim! Pois o poder ainda está na mão do povo!