Boemia

Boemia

Rotina dos sonhos mais ousados

Em que viver não exige esforço

Em que não há desespero e calabouço

E só há favoráveis resultados.

Um dinheiro que não vem esforçado

Boemia, o suor não corre o rosto

Vida pacata apoiada no encosto

De alguém que não precisa ter lutado.

Boemia remete-se ao ócio

A vida às custas de terceiros

A sensação de desprezo ao dinheiro

E desperdício do negócio.

Boemia, protesto à opressão

Músicas e ritmos sociais

Ao governo, pareciam marginais

Lutando contra imposta condição.

Iniciada na marginalização

Excluindo os líderes naturais

As desigualdades sociais

Sempre relevadas na composição.

Boemia, regresso a ser combatido

Atraso, deve ser silenciado

O pobre não pode ser informado

Não pode ter chances de renascido.

Marcel Lopes

13/04/2018