MUTILAÇÃO DOS PÃES
Mastigo a saudade
Que deixastes sobre minha mesa
Nesta manhã de sacrifício social.
Recolho no canto do olho
Minha ultima lágrima em silêncio
Para alimentar a alma.
Nada mais posso
Além do poço que afeta o peito
Seco pela tua falta de ética.
Todas as tuas promessas secaram meu trigo
Porém ainda resta-me o consolo
De que amanhã baterás em minha porta.
Nada te negarei
E para mim pouco importa quem sejas
Sou feito de esperança
E sempre reparto o pouco que tenho.