PROTESTO II

Ao pôr na mesa o galo

Os dias são mornos

E as lágrimas infindas.

Os calos são mais calos

E os lábios secos

Não beijam o chão infértil.

Pouco resta no coração

Entre as migalhas da esperança

Inúteis são as promessas vãs.

Manhãs sem trabalho

Tardes de olhos arredios

De ouvidos colados

Na “Voz do Brasil”.

edd wilson
Enviado por edd wilson em 04/04/2018
Código do texto: T6299825
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