Inquilino das ruas
A cidade dorme e o vento espalha o frio pelas ruas desertas
Um corpo se encolhe num canto sem coberta sob o teto da lua
Nessa brecha do tempo, um rosto se torna invisível ao sol
Nesse segredo enigmático do que é perfeito
Sem brilho, essa alma vaga sonhando com o amanhecer
Não menos cruel, nessa missão desenhada de sobreviver
Numa vida de desencontros, uma bebida faz a diferença na realidade
Disfarçando a dor desse sentimento perdido
Tanta solidão nesse mágico sorriso
Tantas saudades nas palavras desse teu silencio
Tanta insistência em existir nas memórias desse passado sem lembrança
Tantos planos guardados na gaveta da história da esperança
Pisando esse chão sem destino, um inquilino das ruas...