VOZ
Ela “dormia” antes de tudo
Um “mundo melhor” ele mencionou
Acorda agora para o futuro
que em vermelho sangue afundou
Futuro? Um retrocesso!
Cárcere, solidão, dor!
Corpo e alma aprisionados
Torturados sem pudor
E os “olhos” seguem
as rubras vestes, de fina cor
Observam, julgam, punem,
desfiguram com imenso ardor
O corpo destroçado
A “mãe” sorri com amor
O “pai” orgulhoso
A cerimônia iniciou
“Bendito fruto já consumado,
que possas ele abrir...” TERROR!
Silenciada! Emoldurada em dor
A “aia” violentada,
a mulher rompida, dilacerada,
despedaçada como uma flor
Liberdade! Liberdade!
Libertem a mãe gentil
Aprisionada em desespero
atormentada pelo ser vil
Grite! AGORA! Faça-se ouvir
Não permita que o silêncio
mascare o teu sentir
E então não se acomode
Não é sacrifício, acorde!
Lute, una-se, já é hora de reagir.