VOZ

Ela “dormia” antes de tudo

Um “mundo melhor” ele mencionou

Acorda agora para o futuro

que em vermelho sangue afundou

Futuro? Um retrocesso!

Cárcere, solidão, dor!

Corpo e alma aprisionados

Torturados sem pudor

E os “olhos” seguem

as rubras vestes, de fina cor

Observam, julgam, punem,

desfiguram com imenso ardor

O corpo destroçado

A “mãe” sorri com amor

O “pai” orgulhoso

A cerimônia iniciou

“Bendito fruto já consumado,

que possas ele abrir...” TERROR!

Silenciada! Emoldurada em dor

A “aia” violentada,

a mulher rompida, dilacerada,

despedaçada como uma flor

Liberdade! Liberdade!

Libertem a mãe gentil

Aprisionada em desespero

atormentada pelo ser vil

Grite! AGORA! Faça-se ouvir

Não permita que o silêncio

mascare o teu sentir

E então não se acomode

Não é sacrifício, acorde!

Lute, una-se, já é hora de reagir.

Dandara Silva
Enviado por Dandara Silva em 28/02/2018
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