Temos O Controle?

Temos o controle de nossas próprias escolhas?

Temos o controle de nossas próprias escolhas?

Já que o coletivismo nos usa como anabolizante para nocautear o conceito de liberdade...

Temos o controle de nossas próprias frustrações?

Ou são apenas as opções de um cardápio que não usa vogais?

Porque a ameaça global é aquela em que cada um de nós deixa de ser os mesmos…

Temos o controle de nossas dúvidas submetidas ao medo

Como dedos gordos pressionando botões aleatórios

Tons de azul penetrando as trevas e no íntimo o verde nos olhos

Temos uma fé fragilizada nos mantendo sobre controle

No momento errado para se manter paciente

Por que insistimos em guardar nossas cicatrizes nas estrelas, numa manhã de feriado?

Porque, lá no fundo, nos conformamos com a ausência de satisfação

Porque temos o controle de escolher quem escolhe controlar nossas escolhas

Temos o controle do sorriso imortal

Quando a lâmina da ignorância esquarteja nossa autenticidade

Quando nossos tímpanos apenas captam o furor do vazio

Já que o conhecimento se tornou uma dieta ultrapassada

Temos o controle de nossos instintos primitivos

Pois agora a obscenidade é um grito de liberdade

Temos o controle sobre o que considerar belo

Temos o controle sobre o que considerar belo

E O Criador se torna um sussurro inaudível, esquecido pelo mundo

Porque agora o mundo adoece se não pensar nele mesmo

Temos a escolha de moldar nossas próprias vidas?

Ou a matéria prima está sendo racionada?

Quando a submissão se torna adaptação

Cada vitória é um dígito a mais no débito

Quando a fragilidade da existência se mostra irreversível

Nossa patética dependência se vê refutada

Temos o direito...

Temos o direito…

De cessar a interpretação romântica

Porque ainda somos todos iguais