RIO DO CARNAVAL - E DO CAOS
No Rio de Janeiro
As nossas crianças
Estão sendo vitimadas
Dentro de casa
Sem dó
E nem compaixão.
E não é por bala perdida
Mas por bala achada
Que certeiramente
Vai em sua direção.
Já as senhoras
De idade
São atacadas
Até mesmo
Voltando pra casa
E vindo da padaria
Estando a comprar o pão.
Os policiais
Com salários atrasados
São abatidos
Em desvantagens
Na guerra diária em que vivem
E num estado constante de tensão.
Os marginais
Ditam as regras
As normas à sociedade
Dão toque de recolher
Fecham o comércio
As escolas
A igreja
E ainda fazem arrastão.
Os valores foram investidos
Onde quem está solto
São os bandidos
E quem está preso
E refém
Cerceado
Aviltado em seu direito
Sem poder sair de casa
Nem ir
E nem vir
É mesmo o cidadão.
Mas vamos sambar
Não é mesmo ?
Pois que o Rio de Janeiro
Continua lindo
Tem muito o que comemorar
E afinal
É fevereiro
É carnaval
E tem a Globo para mostrar
Por que não ?
E ainda temos que aguentar
A falácia dos nossos políticos
E a hipocrisia de muitos
De prefeito à governador
De Crivella à Pezão.
E agora vem aí
Mais um improviso
Com efeito paliativo
Na chamada Intervenção.
Onde mais uma vez
Não se vai na gênese
Mas se fica apenas nas consequências
E nas aparências...
E não se apresenta uma solução !