Gota d'água

Libero a palavra como um manifesto

Visceral e sem censura

Solta, despudorada e impura

Para que fale dos desalentos.

Quero a palavra

Despida e nua

Pois de silêncios e degredos,

Estou farta.

O que vem de mim

O que escrevo e lavro

Não passa de unânime lamento

Um clamor, em fim,

Um desabafo.

Do país que me paralisa

Da angústia que me sufoca

A promessa de "poder"

Dos mandantes,

Não me ilude,

Até me fere, mas não me mata.

Que se abram todas as bocas

Bandeiras sejam içadas

E que a justiça se faça

O verbo, o brado indignado, a palavra.

Beijo a todos!

Maria letra e cor
Enviado por Maria letra e cor em 14/02/2018
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