Índios: a étnia injustiçada
Origem de mamelucos,cafuzos e mestiços
Guardiãs das florestas,dos vastos biomas da terra
Escravos da raça branca que declaram-lhes guerra
Como fonte de vida protege os escossitemas fronteiriços
A história com ar aristocrata imacula seus épicos feitos
Os conquistadores como superiores foram eleitos
Título de mátires do descobrimento deu-se aos patrícios
E aos ancestrais nativos contemplaram-nos com o genocídio
Pelos bugreiros muitas tribos caçadas como boçais
Seus alqueires de terra usurpados pelas elites coloniais
Ao passo gradativo assimilaram a doutrina cristã
Mas domesticação a missão jesuíta o fez com baita afã
No passado de exploração tiveram a hedionda viagem
Na legenda nacional possui a indolente imagem
No início economia açucareira foram mão-de-obra compulsória
Do patriarca português lhes vendiam promessas ilusórias
Quantos torrões de terra espoliados pelas abastadas famílias
Incontáveis tabas indígenas confiscadas pelo lobby estrangeiro
Dos capitalistas a dilapidar os recursos naturais (veraz ouro brasileiro)
Ao longo de gerações contra sua gente se perpetuam as impunes injustiças
A mata atlântica entendiam como santuário ecológico
Todavia a cobiça do branco a transformou num feudo mercadológico
Esse mesmo patrimônio natural que o índio com amor salvaguarda
Gentílica relíquia, copiosa e salve-salve natureza garrida!
Na carruagem dos anos se reduziu a mera massa falida!
Das moléstias trazidas do novo mundo se tornou freguês
Pobre índio,no Brasil ingrato, sua digna linhagem perde a vez
Na memória curta de seu povo percebe-se a insensatez
Dele partiu o pioneirísmo na construção dessa emergente pátria que fez