Índios: a étnia injustiçada

Origem de mamelucos,cafuzos e mestiços

Guardiãs das florestas,dos vastos biomas da terra

Escravos da raça branca que declaram-lhes guerra

Como fonte de vida protege os escossitemas fronteiriços

A história com ar aristocrata imacula seus épicos feitos

Os conquistadores como superiores foram eleitos

Título de mátires do descobrimento deu-se aos patrícios

E aos ancestrais nativos contemplaram-nos com o genocídio

Pelos bugreiros muitas tribos caçadas como boçais

Seus alqueires de terra usurpados pelas elites coloniais

Ao passo gradativo assimilaram a doutrina cristã

Mas domesticação a missão jesuíta o fez com baita afã

No passado de exploração tiveram a hedionda viagem

Na legenda nacional possui a indolente imagem

No início economia açucareira foram mão-de-obra compulsória

Do patriarca português lhes vendiam promessas ilusórias

Quantos torrões de terra espoliados pelas abastadas famílias

Incontáveis tabas indígenas confiscadas pelo lobby estrangeiro

Dos capitalistas a dilapidar os recursos naturais (veraz ouro brasileiro)

Ao longo de gerações contra sua gente se perpetuam as impunes injustiças

A mata atlântica entendiam como santuário ecológico

Todavia a cobiça do branco a transformou num feudo mercadológico

Esse mesmo patrimônio natural que o índio com amor salvaguarda

Gentílica relíquia, copiosa e salve-salve natureza garrida!

Na carruagem dos anos se reduziu a mera massa falida!

Das moléstias trazidas do novo mundo se tornou freguês

Pobre índio,no Brasil ingrato, sua digna linhagem perde a vez

Na memória curta de seu povo percebe-se a insensatez

Dele partiu o pioneirísmo na construção dessa emergente pátria que fez

Alex Melloh
Enviado por Alex Melloh em 04/02/2018
Reeditado em 04/02/2018
Código do texto: T6244968
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