verde

esse verde esmeralda

transparente e profuso

a esverdear todo horizonte

verde mar

que ora é azul

e, é água, é vida

esse verde profundo

que anoitece

e misteriosamente nos

enreda

na mística cor de olhos verdes

o mar verde seduz

e a brisa sussura

galanteios, confissões

amorosas

indiscrições humanas

e sensíveis a paisagem

tudo passa

menos esse verde imperial

majestoso

flash de retina que a

retira da oclusão do óbvio

tudo passa

mas esse verde é eterno

em nossos corações

o verde de teus olhos

o verde desse mar

recifes torneando

grandeza

e, a vastidão do mar

com sua corrente

apressada e leve

vai embora para o meio

do Atlântico

vai para o infinito

na certeza de não mais voltar

mas o verde

não a deixa perder a esperança

de novamente

vir por aqui

balançar as palmeiras,

farfalhar toda a vegetação

que miraculosamente é siamesa

e verde, das mais variadas matizes de

verde, ver o verde

ver a profundidade de uma cor

é banhar-se de poesia pictórica

é transceder a luz do dia

e, mesmo em meio a escuridão

saber dos tesouro sepultado sob

nossos pés.

saber da magia do verde

e se sentir verde por contaminação.

esse verde todo

uma saudade

um lirismo contido na carteira

e a esperança de rever a

vida pintada pelo cenário de verde.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 26/08/2007
Código do texto: T624193
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