verde
esse verde esmeralda
transparente e profuso
a esverdear todo horizonte
verde mar
que ora é azul
e, é água, é vida
esse verde profundo
que anoitece
e misteriosamente nos
enreda
na mística cor de olhos verdes
o mar verde seduz
e a brisa sussura
galanteios, confissões
amorosas
indiscrições humanas
e sensíveis a paisagem
tudo passa
menos esse verde imperial
majestoso
flash de retina que a
retira da oclusão do óbvio
tudo passa
mas esse verde é eterno
em nossos corações
o verde de teus olhos
o verde desse mar
recifes torneando
grandeza
e, a vastidão do mar
com sua corrente
apressada e leve
vai embora para o meio
do Atlântico
vai para o infinito
na certeza de não mais voltar
mas o verde
não a deixa perder a esperança
de novamente
vir por aqui
balançar as palmeiras,
farfalhar toda a vegetação
que miraculosamente é siamesa
e verde, das mais variadas matizes de
verde, ver o verde
ver a profundidade de uma cor
é banhar-se de poesia pictórica
é transceder a luz do dia
e, mesmo em meio a escuridão
saber dos tesouro sepultado sob
nossos pés.
saber da magia do verde
e se sentir verde por contaminação.
esse verde todo
uma saudade
um lirismo contido na carteira
e a esperança de rever a
vida pintada pelo cenário de verde.