País sangrento
Não!
Não contarei minha labuta para venderes jornal
Enquanto os porcos velhacos lavam as calçadas da Zona Sul
Com sangue pobre!
O verde e amarelo corre nas veias do burguês
É fétido
Os pés descalços endurecem na caminhada da luta pela paz
E a paz? Ela só é bonita na televisão!
Na vida real a paz não existe nos corações das mães periféricas
Que gritam pelas vidas que foram ceifadas pelas duras armas dos soldados amarelos.
As igrejas da Zona Sul são verdadeiros castelos de ouro
Que abrigam os miseráveis famintos em suas calçadas
No frio
Os fiéis oram pelos pobres que passam fome do lado de fora
A arte colore a cidade
E os corpos nas calçadas se camuflam nas cores mortas da cidade.