País sangrento

Não!

Não contarei minha labuta para venderes jornal

Enquanto os porcos velhacos lavam as calçadas da Zona Sul

Com sangue pobre!

O verde e amarelo corre nas veias do burguês

É fétido

Os pés descalços endurecem na caminhada da luta pela paz

E a paz? Ela só é bonita na televisão!

Na vida real a paz não existe nos corações das mães periféricas

Que gritam pelas vidas que foram ceifadas pelas duras armas dos soldados amarelos.

As igrejas da Zona Sul são verdadeiros castelos de ouro

Que abrigam os miseráveis famintos em suas calçadas

No frio

Os fiéis oram pelos pobres que passam fome do lado de fora

A arte colore a cidade

E os corpos nas calçadas se camuflam nas cores mortas da cidade.

Carolina Duvir
Enviado por Carolina Duvir em 31/01/2018
Código do texto: T6240973
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