TEOREMA DA RUÍNA

Sem graus de gênio

Falho se a Dante recrio

Sabido que vim donde

Deuses distantes cintilam.

Mas estou cheio de reis

Quando me farto do primor

E adentro a anarquia das palavras

Sordidas e bastas para cantar o desamor.

Fiz-me Mefisto

Guardião das impurezas

Alcunha de anti-cristo

Ante as cinzas do Carnaval

Que de anúncio

Dir-se-ia com a voz inaudível:

O fim do mundo

Nos acontecera desde o início

Dos tempos em que bandeiras

Foram cravadas no peito dos cidadãos.

HenriqueBazzí
Enviado por HenriqueBazzí em 22/01/2018
Código do texto: T6233081
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