Tempo da morte

Toda a árvore morta e triste

Se parece com o homem

São da mesma extirpe e tema

Letárgica, passiva e inoperante

Perante a um ser dominante

Batalhou, viveu

Tinha esperança

Aborreceu com a luta

Parou chateada

Aguarda cansada

O seu objetivo final

Quase acabada ainda tem sua magia

Permanece ereta apontando um céu

Talvez um desejo derradeiro na vida

Logo fará parte de uma matéria

Num espaço que não se pode ver

É o tempo da morte

E ela chegou sorrateira

Seca, escura como breu

E a envolveu

Será que a árvore morta voará para o céu?

Ou será mais uma utopia alienante

Dominação de um ser invisível, Influente controlador

Que manipula as massas, não importa a dor

Formata, amassa, destrói e cria

Seu deleite , bel prazer!

Luiz Carlos Zanardo
Enviado por Luiz Carlos Zanardo em 07/01/2018
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