Do chão
o chão batido pela bravura
das mãos e dos pés.
ficam sempre à espera
dos quereres sapateados
e cobertos de cinza e cal.
sempre além
não se importam
com o tempo cheio
de vento, nuvens
e promessas.
retas desaparecem no azul
chegam nas curvas do sol.
sombras contornam
as cidades cheias
de gente
num dia aberto
seguem as estradas
do sonho final.