VIOLÊNCIA URBANA

Nas sombras da injustiça universal,

A tirania dos rancorosos provisoriamente se fortalece;

Dia após dia o seu reinado de morte entenebrece

As nações consumidas pela violência mais brutal.

Em ascensão vertiginosa, a violência urbana

Cresce com a desvalorização da vida humana;

Ela se alastra, tal como chuvas ácidas e corrosivas,

Pelos submundos das sociedades mais opressivas.

Os muros do descaso são rapidamente erguidos,

Muros que aninham a insegurança e o temor

Na vida daqueles que desconhecem a beleza do amor

Sob uma cultura de homens moralmente falidos.

A violência se nutre com tantas formas de misérias

Dos inocentes volúveis às leis perniciosas e deletérias.

Quantas consciências não são silenciadas

Pelas intolerâncias sutilmente institucionalizadas!

Enquanto arde a fornalha do caos e da dissonância

Pelas ruas abarrotadas por gritos de desesperança;

Enquanto a violência cresce nos lares sem aventurança,

Adormecem os estatutos, mantidos em inoperância.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 28/12/2017
Reeditado em 12/04/2018
Código do texto: T6211108
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