VIOLÊNCIA URBANA
Nas sombras da injustiça universal,
A tirania dos rancorosos provisoriamente se fortalece;
Dia após dia o seu reinado de morte entenebrece
As nações consumidas pela violência mais brutal.
Em ascensão vertiginosa, a violência urbana
Cresce com a desvalorização da vida humana;
Ela se alastra, tal como chuvas ácidas e corrosivas,
Pelos submundos das sociedades mais opressivas.
Os muros do descaso são rapidamente erguidos,
Muros que aninham a insegurança e o temor
Na vida daqueles que desconhecem a beleza do amor
Sob uma cultura de homens moralmente falidos.
A violência se nutre com tantas formas de misérias
Dos inocentes volúveis às leis perniciosas e deletérias.
Quantas consciências não são silenciadas
Pelas intolerâncias sutilmente institucionalizadas!
Enquanto arde a fornalha do caos e da dissonância
Pelas ruas abarrotadas por gritos de desesperança;
Enquanto a violência cresce nos lares sem aventurança,
Adormecem os estatutos, mantidos em inoperância.